O Tarot é grupo brasiliense cujas canções são inspiradas na música cigana e na MPB, formando aquilo que seus membros denominam "música nômade". O trabalho consistiu na criação da marca e de grafismos auxiliares baseados no simbolismo arquetípico das cartas de tarô. A construção da marca tem como ponto de partida o jogo entre pares, posteriormente faz referência à mesa da cigana, à mística oriental e à pluralidade de crenças, culturas e religiões.

A técnica utilizada para a criação dos grafismos foi colagem com intervenção em bordados livres. Cada arte tinha o intuito de representar uma das cinco músicas do primeiro disco da banda: Zero. Cada música é representada por um arquétipo do baralho do tarô.

A imperatriz — representa a música Cabeceira — as inspirações na religiosidade latina trazem a figura do feminino (Maria).

O Diabo — representa a música Certezas — o diabo representa as ilusões de um amor, o coração como cavalo de Tróia.

O Enamorado — representa a música Andar —  A canção retratada fala de um amor cuidadosamente cultivado, por isso o cupido cuida de seu instrumento ao invés de usá-lo como arma. 

O Enforcado — representa a música Ballet de Barraco, cuja temática principal é a desigualdade social e a instabilidade das habitações irregulares — o elefante traz referência ao circo, ao estranho e ao escracho e demonstra a fragilidade do equilíbrio da vida daqueles que estão sobre ele.

A Roda da Fortuna — representa a música Meridiana — a imagem da linha divisória entre a sorte/azar, bênção/maldição, bem/mal e céu/inferno.

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